Catherine queria sair pela rua gritando para desabafar seu desespero. Em vez disso, recolocou o fone no gancho e chorou baixinho. Mais uma vez o marido desmarcava um encontro com ela para ficar trabalhando. Por que Jason sempre a deixava em segundo plano? Será que depois de oito anos de casamento a vida tinha que ser assim tão triste? Sem pensar muito, pegou a bolsa e foi procurar Tony. Era seu único amigo, e Catherine nunca se atreveu a sonhar que poderiam tornar-se amantes. Não tinha percebido ainda o quanto era fácil ultrapassar o ténue limite da amizade para ceder aos impulsos de uma paixão louca e perigosa.